sexta-feira, 6 de maio de 2011

O meu primeiro acidente rodoviário/ Porque é que eu teimo em sair de casa de pantufas?

Odeio quando me acordam de manhã cedo para fazer uma coisa que demora no máximo meia hora, e a minha mãe tem muito esse hábito.
No passado dia 19 de Abril acordou-me às 8horas para levar o carro dela para lubrificar ou uma coisa assim. A ideia era eu ir com ela, ela deixar lá o carro e voltarmos as duas. Simples, rápido, eu nem precisava de sair do meu carro… Levantei-me, vesti a primeira coisa que encontrei e fui de pantufas mesmo, a minha ideia era quando chegasse a casa enfiar-me de novo na cama. Escusado será dizer que o meu cabelo é encaracolado e quando acordo ele está assim “um bocadinho” para o volumoso.
Deixamos o carro dela e já vínhamos a caminho de casa quando um velhote de 88 anos, já com idade de estar em casa com os pézinhos ao lume, não parou no stop e atravessou o carro na frente do meu sem eu ter tempo sequer de travar. Os dois carros ficaram fantásticos para ir para a sucata, mas ninguém se magoou.
Chamaram-se reboques, polícia e bombeiros por causa do óleo que ficou na estrada, até parecia um acidente a sério, daqueles em que toda a gente pára para ver o que se passou…
Entretanto o senhor ficou com uma dor no peito e foi para o hospital e ficou o genro no lugar dele à espera da polícia.
Óbvio que uma pessoa que sai de pantufas de casa não leva a bolsa com a carteira e os documentos, então a minha mãe arranjou boleia e foi a casa buscar as minhas coisas. Para melhorar a situação a polícia chegou e a primeira imagem era de um senhor muito sério, calmo e bem vestido e uma saloia de pantufas, com uma camisola toda velha disfarçada pelo colete, toda despenteada, com as pernas ainda a tremer por causa do susto e sem documentos nenhuns.
Depois de ouvir sermão por não ter os meus documentos, soprar ao balão, andar às aranhas para encontrar os documentos do carro que eu sabia lá onde é que o meu pai guardava e prestar declarações, a minha mãe chega com as minhas coisas e para variar, numa carteira atulhada de papéis que não servem para nada, só encontrei o BI. A carta estava lá, mas só a encontrei em casa quando tirei papel por papel.
Acabei a manhã (isto de ter acidentes demora) a passear de pantufas pela cidade até ao sítio em que um amigo da minha mãe estava para nos levar para casa.
Acho que não é preciso dizer que à tarde fui toda bem vestida e penteada ao posto da GNR mostrar a carta de condução…

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