quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

As "pachachas"

Na minha altura existia na escola um grupo que todas as raparigas odiavam, eu inclusive, que eram as "pachachas". Este grupo é um grupo com história. Antes de eu entrar naquela escola secundária existiram as “parrecas” e as “parrequinhas”. Depois de eu sair continuaram as “pitas” e as “conas” que agora acho que são as “pusses”. E não estou a trata-las mal, eram as próprias que se apelidavam assim.

Eram as meninas betinhas e bonitinhas e lambe-botas dos professores que por trás eram também, como o nome indica, as maiores p***s... Eram as raparigas mais populares da escola, que andavam sempre com os rapazes mais bonitos e sem nada na cabeça, eram das melhores turmas, não por serem assim tão boas alunas como faziam passar, mas pelo lambe-botismo que fazia com que os professores aumentassem sempre pelo menos um valor na nota.

Estas coisas incomodavam-me na altura, não por querer ser como elas, mas pelo ridículo. Acho mesmo que na altura o que mais me incomodava era o sermão dos professores. O porquê de a minha turma, a dos calões que nunca ofereceram bombons aos professores e quando tiravam negativa não choravam, que saiam à rua nas manifestações e que ajudavam a organizar os estudantes, não podia ser igual à turma delas…


O funcionamento do grupo passava pelo recrutamento de estudantes que entravam para a escola. Primeiro contava a classe social, ninguém com escalão ousava sequer pensar em pertencer a este grupo. Depois a família, se fossem irmãs ou primas de algum membro eram automaticamente incluídas (mesmo que não quisessem). E por ultimo o requisito característico do grupo, o lambe-botismo e o não terem mais que x quilos, tinham que ser meninas bonitas.

O engraçado é que, passados quase 5 anos, esse grupo das “pachachas” mantem-se mais ou menos inalterado. Agora são as meninas boazinhas que estudam nas universidades privadas e que fazem voluntariado para as causas sociais. Não sei se continuam ou não a ser putas, mas da última vez que convivi com elas apeteceu-me fugir.

É a amizade mais falsa que pode existir. Pela frente são umas queridas umas com as outras, tratam-se por “pusses”, acho que é a actualização mais recente do nome, e andam sempre aos abraços e aos gritinhos. Quando se isola um único espécime, tudo muda e parecem pessoas normais, embora só continue a sair merda por aquelas bocas fora… Juro que se me perguntassem não lhes dava 20 a 25 anos, parece que a idade mental delas parou ali por volta dos 15.

E este, embora possa parecer, não é um texto de ódio. Só que como o Ricardo falou em grupos do secundário eu lembrei-me deste e não pude deixar passar.

Mas sim, se eu pudesse elas eram todas corridas à catanada!

2 comentários:

  1. Eh pah,cada vez que começo a ler isto dá-me um ataque de riso e acabo por nunca comentar xD.
    Eh pah na minha turma desde o básico ao secundário tive duas "pusses" dessas. as vacas davam tanta graxa que tinham sempre melhores notas mesmo sendo burras que nem um calhau. acho que mediam a inteligência pelo nº de soutien -.-

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  2. O que eu não entendo é como há professores que caem. Se eu fosse professora o primeiro lambe botas que me aparecesse levava logo com um 7 no 1º periodo só para se lixar a recuperar...

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