quarta-feira, 9 de março de 2011

A senhoria...

Como disse no post em que falei do take-way do Pingo-doce, há pouco tempo tive que me deslocar a Lisboa.
Como tinha boleia para Lisboa num dia e para o Norte no dia seguinte, ao invés de vir no comboio, fiquei a dormir na casa onde morei durante a época em que estive lá a estagiar, porque ficava mais barato que a viagem.
Liguei à senhoria (que mora na casa) a perguntar se tinha um quarto para eu passar lá a noite. Por estranho que pareça ela até foi simpática, e disse que sim, mas que tinha que passar lá da parte da manhã para ela me entregar a chave.
No dia seguinte lá estava eu de manhã para ir buscar a chave. Fiquei com a chave e paguei a estadia e ela perguntou a que hora é que eu saia no dia seguinte. Como ela estava com ar de quem me queria sacar mais dinheiro disse que não se preocupasse que eu saia na manhã do dia seguinte.
Resolvi os meus problemas e fui para casa dormir.
No dia a seguir de manhã estava eu a ressonar alto, ainda não eram 10 horas e a senhoria abre-me a porta do quarto e entra. Como viu que eu ainda estava a dormir, com a delicadeza de um elefante, pediu desculpa e saiu a dizer que pensava que eu já não estava.
Como ela me acordou fui tomar um banho rápido, arranjei-me e fiz a mala para me ir embora. Ainda não passava meia hora das dez e entra ela em toalha de banho, extremamente sexy, pelo quarto dentro, a perguntar “ainda não saiu?” com o ar mais arrogante do mundo.
Disse que estava quase a sair e ela foi para o quarto. Ao sair cruzei-me com o segurança que morou no quarto ao lado do meu enquanto lá estive, na parte de cima da casa, vulgo sótão, e que odiava a senhoria tanto quanto eu. Tinha-se mudado para a parte de baixo, para o quarto ao lado do dela.
De repente fez-se luz na minha cabeça e percebi porque é que ela andava a deambular-se pela casa em toalha de banho. Soltei uma gargalhada e ele, com ar de coitado e de quem é assediado 24 horas por dia, só respondeu “pois, ando a pensar mudar para cima de novo…”

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